Jerry Malloy (Marlon Brando) é um ex-boxeador que costumava ser grande, mas que se tornou pequeno ao entrar para a gangue exploradora de Johnny Friendly (Lee J. Cobb). Quando um trabalhador inocente morre, Terry sente-se culpado e começa a tentar consertar suas ações passadas lutando diretamente contra o sindicato, sofrendo também as consequências;

Elia Kazan prova que quando o povo quer, o povo pode!

    Desde sempre o mundo foi dominado por máfias de todos os tipos, e desde sempre também quem sofre com isso é a classe proletária. Nessa obra de Kazan temos Terry Malloy ( Marlon Brando) que foi adotado pela máfia que o levou ao quase estrelato e depois o jogou na escoria da vida com expectativas vazias. Com o passar do tempo ele começa a sentir a podridão da convivência e dos trabalhos mesquinhos que era forçado a fazer, e quando chega o pior deles, a crise do homem, do cidadão, invade sua mete fazendo ele repensar sobre sua vida e suas ações. 

   No entanto o derradeiro momento de lucidez social acontece quando ele se aproxima da bela Edie Doyle (Eva Marie Saint) que busca justiça em uma realidade controlada por poderosos a quem todos tem medo de enfrentar. Eles tem a ajuda de um padre incomodado em ser apenas o dono da paróquia e decide se revelar contra a máfia e se converte em o maior protestante a favor dos proletários. 

   Com um enredo dramático na relação entre pessoas, focando a principio no niilismo do personagem de Brando e na relva de sentimentos podres e desumanos dos comandatários, o filme traz o ponto mais forte onde a máfia não é a coisa mais elegante e mais justa. Como Brando mesmo passou em The Godfather. No entanto esta sempre lembrando que a sociedade prefere se calar pelo medo do que lutar pelo seus direitos. Dai que surge o ponto alto do antes niilista Terry que teve sua vida e seus sonhos destruídos para enfim poder dar um nocaute na burguesia e na máfia. 

   Não tem como todo e qualquer trabalhador não sair motivado a lutar pelos seus direitos ao ver a sociedade se revelando contra uma força que por razões culturais, porém não verdadeiras, seria mais forte que o povo. Marlon Brando mostra porque é um dos maiores e mais importantes atores de todos os tempos. Elia Kazan nos prende do inicio ao fim, misturando a podridão com uma trilha sonora forte, que desenha uma sociedade que seria considerada atual em todas as épocas, mas também entra a esperança, a doçura de sentimentos e a confiança que nos exala a doce Edie. 

Direção: Elia Kazan

Duração:108 minutos