TOP 5: AUTORES DE ROMANCES POLÍTICOS


1. Júlio Cortázar

Cortázar, considerado um dos melhores autores, original e inovador em seu tempo, nasceu na embaixada da Argentina em um distrito de Bruxelas na Bélgica e depois retornou a sua terra natal aos quatro anos de idade. Em 1951 aos 37 anos,  por não concordar com a ditadura na Argentina, mudou-se para Paris. Sempre preocupado com a situação política na América Latina, no início dos anos 1960  viajou para Cuba, período em que intensificou seu interesse por política, mas sua simpatia pela esquerda não o impedia de criticá-la. Chegou a ser excomungado por Fidel Castro por cobrar o paradeiro do poeta cubano Heberto Padilla. Mas naquela época em que o mundo era rigorosamente dividido entre direita e esquerda, Júlio Cortázar era rotulado por ambos os lados.

2. Gabriel Garcia Márquez

Garcia Márquez foi um escritor colombiano nascido em 1927 e falecido em 2014, deixando vasta obra literária, sendo Cem Anos de Solidão publicada em 1967, respeitada pela crítica como um marco na literatura da América Latina. Márquez foi pioneiro em um estilo conhecido como Realismo Fantástico. Por causa de sua amizade com Fidel Castro e suas críticas aos exilados cubanos, foi perseguido pela CIA. Garcia Márquez viveu na Espanha até 1975 e voltou para a Colômbia em 1981, mas foi acusado em sua terra natal de colaborar com a guerrilha, quando então se mudou para o México. Em 2002, descobre que está com um câncer linfático e lança sua autobiografia Viver para Contar. Em 1982 ganhou o Nobel de Literatura pelo conjunto de sua obra.

3. Mário Vargas Llosa

Vargas Llosa nasceu em 1936 em Arequipa no Peru e escreveu diversos ensaios, a maioria de cunho político sendo “Sabres e Utopias” o mais comentado, onde expõe seu pensamento em favor das liberdades e contra a tirania de governos totalitários. Em 1990 se candidatou à presidência por uma coligação de centro direita, mas perdeu no segundo turno para Alberto Fugimori. Vargas Llosa foi simpatizante do socialismo e admirador da Revolução Cubana, mas sua postura mudou depois de visitar a União Soviética em 1966. Em 1981, publica A Guerra do Fim do Mundo, que narra uma história da guerra de Canudos misturando personagens fictícios e reais. Suas experiências como escritor e candidato à presidência foram relatados em sua autobiografia Peixe na Águaem 1991, e seu livro mais importante foi Conversa na Catedral em 1969, narrando uma época da ditadura em seu país. Em 2010, recebeu o Nobel de Literatura.

4. Jorge Amado

Jorge Amado foi o escritor brasileiro mais lido e mais traduzido para outros idiomas. Todos os seus romances se ambientam na Bahia, em especial na cidade de Ilhéus e Salvador. Viveu no exílio durante o regime getulista, voltando para o Brasil durante a Segunda Guerra. Morou em São Paulo e no Rio. Em 1945, foi eleito deputado federal pelo Partido Comunista Brasileiro em São Paulo. Várias de suas obras foram adaptadas para o cinema e televisão, seus personagens eram pessoas comuns do povo e aqueles que estavam à margem como meninos de rua e prostitutas. Quem ditava as regras naqueles tempos eram os coronéis com muita influência na vida política local, em geral tiranos declarados e por isso mesmo temidos, mas senhores distintos em sociedade. Nos romances de Jorge Amado, a hipocrisia, como não podia deixar de ser, tem forte presença na vida social da cidade.

5. Raquel de Queiroz

Raquel de Queiroz nasceu em 1910 em Fortaleza, no Ceará, descendendo pelo lado materno de José de Alencar. Fugindo da seca em 1915, vai para o Rio de Janeiro em 1917, fato que mais tarde a inspirou a escrever seu livro de estreia O Quinze. Em 1927, torna-se colaboradora do jornal O Ceará. Um episódio curioso sobre ela conta que ao trabalhar como professora substituta de História no colégio onde havia se formado, acabou ganhando o concurso de “Rainha dos Estudantes”. Durante a festa de coroação com a presença do governador do Estado, chega a notícia do assassinato de João Pessoa. Raquel então joga a coroa ao chão e sai às pressas do local com uma única explicação: “sou repórter”. Quando retorna à Fortaleza, por volta de 1931, ajuda a fundar o PC cearense, mas quando é obrigada a submeter um livro seu a um comitê do partido antes de publicá-lo e este não o aprova porque na estória um operário matava o outro, rompe com o partido. Publica o livro pela editora Schmidt, do Rio, e muda-se para São Paulo, onde se aproxima do grupo trotskista, mas acaba rompendo de vez com a esquerda quando chega a notícia de que uma picareta de quebrar gelo, por ordem de Stálin, havia esmigalhado o crânio de Trótski.

CONVERSATION

Back
to top